segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Como impor juízo de valor


A semiótica da manipulação e o branding



Na semiótica gerativa, a manipulação é o processo por meio do qual o destinador compromete o sujeito a entrar em conjunção com um determinado objeto de valor.


Tais categorias são usadas no estudo de narrativas. Elas referem-se a determinados papéis sintáxicos (os actantes) e não aos atores da história analisada. O protagonista de uma aventura, por exemplo, pode ser ao mesmo tempo destinador e sujeito, caso em que o herói obtém de si mesmo o compromisso de conquistar algo que é precioso para si ou para outrem.


O trabalho do destinador imita a atuação dos profissionais de branding na medida em que estes dedicam-se a transformar as marcas em objetos de valor para os indivíduos, lançando-os na aventura do consumo.


Há muitas maneiras de destinar alguém segundo a narratologia. Greimas e Courtés destacam os quatro principais tipos de manipulação, todos eles facilmente identificáveis nas histórias que as marcas contam.


  • Quando o destinador compromete o sujeito a fazer algo por meio de ameaças, ocorre uma intimidação ("Si te seduce... Pierdes"). 


  • sedução acontece quando o destinador revela um juízo positivo sobre a competência do destinado ("Yes, we can").



Leia também: estratégias semióticas do branding.


Referência:

GREIMAS, Algirdas J.; COURTÉS, Joseph. Dicionário de Semiótica. São Paulo: Contexto, 2008.

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