sábado, 5 de fevereiro de 2011

Língua - conceito Saussureano


Relativamente à fala que é individual e acidental, a língua distingue-se por ser social e essencial. “A língua não é uma função do sujeito falante, é o produto que o indivíduo registra passivamente; ela nunca supõe premeditação. Ela é um objecto bem definido no conjunto heteróclito dos factos da linguagem. Podemos localizá-la no momento deter minado do circuito em que uma imagem auditiva se vem associar a um conceito. é a parte social da linguagem, exterior ao indivíduo, e este, por si só, não pode criá-la nem modificá-la; ela só existe em virtude de um contrato firmado entre os membros da comunidade. Por outro lado, o indivíduo tem necessidade de uma aprendizagem para lhe conhecer as regras; a criança só pouco a pouco a assimila.”

Relativamente à caracterização saussureana da língua escreve Roland Barthes a paráfrase: “Como instituição social, ela não é um acto, escapa a qualquer premeditação; é a parte social da linguagem; o indivíduo, por si só, não pode nem criá-la nem modificá-la; é essencialmente um contracto colectivo, ao qual nos temos de submeter em bloco, se quisermos comunicar; além disso este produto social é autónomo, maneira de um jogo que tem as suas regras, pois só o podemos manejar depois de uma aprendizagem.”

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